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A progressiva digitalização da comunicação e a reconfiguração do ecossistema mediático impactaram de forma significativa os modelos dominantes de produção e distribuição da informação jornalística, reverberando-se numa reordenação da relação entre o jornalismo e o espaço público. Conquanto sempre tenham existido formas distintas de atividade jornalística, a emergência de novos canais participativos de comunicação, na esteira do advento da internet e, particularmente, da web 2.0, proporcionou a proliferação de modelos alternativos de jornalismo, que vêm despontando quer no seio, quer nas margens da atividade profissional. Este movimento tem contribuído para variados processos de disrupção ou renovação dos valores, dos formatos e dos perfis dos atores que intervêm na produção da informação.
Jornalismo cidadão, alternativo, comunitário, colaborativo ou participativo são apenas alguns exemplos da miríade de expressões e conceitos a partir dos quais a literatura vem procurando classificar e caraterizar estes novos (ou renovados) paradigmas de informação pública. Esta profusão de definições é também sintomática das diferentes dimensões que podem estar envolvidas e ajudar a constituir o caráter distintivo destas experiências de jornalismo.
Num quadro de descentralização da comunicação pública, de explosão de redes horizontais de comunicação e de diversificação dos fluxos comunicacionais, tem-se evidenciado uma alteração dos modos de relação com as audiências – beneficiando formas mais dialógicas, integradoras ou cooperativas de comunicação –, mas também uma progressiva intervenção de novos atores nos processos de produção informativa. Ante o potencial multimediático e mais irrestrito das novas tecnologias digitais, novos projetos jornalísticos vêm apostando numa redefinição dos modos de apresentação dos conteúdos, explorando novos formatos narrativos. Paralelamente, num contexto pleno de dilemas para a sustentabilidade financeira dos produtos editoriais, tanto projetos consolidados como nativos digitais vêm experimentando novos modelos de negócio e de financiamento da informação. Estas diferentes linhas de reorganização dos modos de financiamento, produção e apresentação da informação jornalística imbricam num quadro mais amplo de reorientação das funções e do papel do jornalismo no espaço público. Em causa está a redefinição das fronteiras da atividade, bem como renovados problemas ético-deontológicos e renovados desafios para a regulação dos media.
Estes modelos alternativos de informação pública vêm sendo alvo de especial interesse e atenção no âmbito das Ciências da Comunicação e, em particular, dos Estudos de Jornalismo. Não obstante estes diferentes contributos, no âmbito da investigação e da literatura em língua portuguesa, esta problemática encontra-se relativamente dispersa e carece ainda de aprofundamento.
No seguimento da iniciativa realizada em 2021, subordinada às novas dinâmicas sonoras no contexto digital, o encontro online “Novos modelos alternativos de jornalismo no ambiente digital” pretende contribuir para suprir esse hiato, visando promover o debate sobre as diferentes dimensões que aqui se articulam.
Neste âmbito serão acolhidas propostas de comunicação (até 2500 caracteres) centradas nos novos modelos alternativos de jornalismo no contexto digital, e que, entre outros tópicos, procurem relacionar esta problemática com os seguintes temas:
Novos valores do jornalismo;
Novos formatos da informação jornalística;
Novos atores da produção jornalística;
Modelos de negócio, sustentabilidade e inovação;
Tensões nas fronteiras do jornalismo profissional;
Desafios ético-deontológicos e dilemas da regulação dos media;
Perspetivas históricas sobre modelos alternativos de jornalismo.
Jornalismo cidadão, alternativo, comunitário, colaborativo ou participativo são apenas alguns exemplos da miríade de expressões e conceitos a partir dos quais a literatura vem procurando classificar e caraterizar estes novos (ou renovados) paradigmas de informação pública. Esta profusão de definições é também sintomática das diferentes dimensões que podem estar envolvidas e ajudar a constituir o caráter distintivo destas experiências de jornalismo.
Num quadro de descentralização da comunicação pública, de explosão de redes horizontais de comunicação e de diversificação dos fluxos comunicacionais, tem-se evidenciado uma alteração dos modos de relação com as audiências – beneficiando formas mais dialógicas, integradoras ou cooperativas de comunicação –, mas também uma progressiva intervenção de novos atores nos processos de produção informativa. Ante o potencial multimediático e mais irrestrito das novas tecnologias digitais, novos projetos jornalísticos vêm apostando numa redefinição dos modos de apresentação dos conteúdos, explorando novos formatos narrativos. Paralelamente, num contexto pleno de dilemas para a sustentabilidade financeira dos produtos editoriais, tanto projetos consolidados como nativos digitais vêm experimentando novos modelos de negócio e de financiamento da informação. Estas diferentes linhas de reorganização dos modos de financiamento, produção e apresentação da informação jornalística imbricam num quadro mais amplo de reorientação das funções e do papel do jornalismo no espaço público. Em causa está a redefinição das fronteiras da atividade, bem como renovados problemas ético-deontológicos e renovados desafios para a regulação dos media.
Estes modelos alternativos de informação pública vêm sendo alvo de especial interesse e atenção no âmbito das Ciências da Comunicação e, em particular, dos Estudos de Jornalismo. Não obstante estes diferentes contributos, no âmbito da investigação e da literatura em língua portuguesa, esta problemática encontra-se relativamente dispersa e carece ainda de aprofundamento.
No seguimento da iniciativa realizada em 2021, subordinada às novas dinâmicas sonoras no contexto digital, o encontro online “Novos modelos alternativos de jornalismo no ambiente digital” pretende contribuir para suprir esse hiato, visando promover o debate sobre as diferentes dimensões que aqui se articulam.
Neste âmbito serão acolhidas propostas de comunicação (até 2500 caracteres) centradas nos novos modelos alternativos de jornalismo no contexto digital, e que, entre outros tópicos, procurem relacionar esta problemática com os seguintes temas:
Novos valores do jornalismo;
Novos formatos da informação jornalística;
Novos atores da produção jornalística;
Modelos de negócio, sustentabilidade e inovação;
Tensões nas fronteiras do jornalismo profissional;
Desafios ético-deontológicos e dilemas da regulação dos media;
Perspetivas históricas sobre modelos alternativos de jornalismo.
Submeta a sua proposta aqui!
(Prazo de submissão de propostas - 30 de junho)
(Prazo de submissão de propostas - 30 de junho)
Os textos das comunicações serão posteriormente reavaliados para integrarem uma proposta de publicação.